Hemu promove palestra sobre Doença de Chagas e Malária para seus colaboradores

A iniciativa integra as ações educativas e de sensibilização contínuas promovidas pela unidade, em consonância com as diretrizes de saúde pública

Em alusão ao Dia Mundial da Doença de Chagas (14 de abril) e ao Dia Mundial da Luta Contra a Malária (25 de abril), o Hospital Estadual da Mulher Dr. Jurandir do Nascimento (Hemu), por meio do Núcleo Hospitalar de Epidemiologia (NHE), promoveu a palestra “Doença de Chagas e Malária – Desafios e Realidades Tropicais”. A atividade foi conduzida pela fisioterapeuta e mestre em Ciências Ambientais e Saúde, Vaneide Martins, e teve como objetivo ampliar o conhecimento dos colaboradores sobre essas doenças tropicais negligenciadas.



Durante o encontro, Vaneide abordou os principais aspectos epidemiológicos das duas enfermidades, discutindo formas de transmissão, sintomas, impacto na saúde pública e a importância da notificação dos casos. Segundo a especialista, a Doença de Chagas e a Malária ainda representam importantes desafios à saúde coletiva, sobretudo em regiões tropicais e vulneráveis, exigindo ações constantes de vigilância, prevenção e controle.



A palestrante destacou que, no caso da Malária, a identificação e o tratamento precoces são fundamentais para evitar complicações e mortes. Ela apresentou dados que mostram o aumento no número de óbitos pela doença no Brasil durante o primeiro ano da pandemia: foram 550 mortes em 2019 contra 620 em 2020. “A notificação correta e o manejo adequado são ferramentas essenciais para conter a disseminação”, alertou.



Sobre a Doença de Chagas, Vaneide ressaltou a gravidade da evolução da enfermidade quando não diagnosticada na fase aguda. “Se não for tratada precocemente, ela se torna crônica e, infelizmente, incurável. O tratamento se torna apenas paliativo, voltado para amenizar os sintomas”, pontuou.



A especialista também compartilhou dados epidemiológicos de Goiás, apontando que entre 200 mil e 300 mil pessoas vivem com a Doença de Chagas na forma crônica no estado. Nos últimos dez anos, foram notificados 7.802 casos da doença em sua forma crônica, com uma taxa de prevalência média de 10,25 casos a cada 100 mil habitantes.



A palestra reforçou a importância do papel dos profissionais da saúde na identificação precoce, notificação dos casos e educação da população como medidas eficazes no combate a essas doenças.

Marilane Correntino (texto e fotos)