Educação Ambiental em Ação: Projeto “Capitão Latinha” transforma alunos em agentes de mudança em Goianésia

O Capitão Latinha ensina, de forma lúdica, a importância da reciclagem, da reutilização de materiais e do destino correto do lixo

Em um cenário onde a conscientização ambiental se torna urgente, a rede municipal de educação de Goianésia está utilizando a literatura como ferramenta para formar cidadãos responsáveis. Com o livro Capitão Latinha e sua Turma, 32 escolas municipais estão engajando alunos do ensino fundamental em um projeto interdisciplinar que alia aprendizado prático, arte e combate a doenças como a dengue. O resultado? Crianças que não só absorvem conceitos de sustentabilidade, mas também levam o conhecimento para dentro de casa, influenciando famílias e comunidades.

O poder da literatura na conscientização
O professor Ney Antônio Parreira, entusiasta do projeto, explica que a obra é um catalisador para discussões essenciais. “O Capitão Latinha ensina, de forma lúdica, a importância da reciclagem, da reutilização de materiais e do destino correto do lixo. Com ele, trabalhamos os 5 R’s (Repensar, Recusar, Reduzir, Reutilizar e Reciclar), a coleta seletiva e a prevenção de doenças como a dengue, ligadas ao acúmulo indevido de resíduos”, destaca.

O projeto, que abrange todas as séries do ensino primário, tem conquistado os alunos. Turmas produzem desenhos e ilustrações inspirados na história, enquanto professores integram o tema a disciplinas como ciências, geografia e até matemática. “Não se trata apenas de ler um livro, mas de criar uma mentalidade. As crianças são o futuro, e educá-las hoje é garantir um amanhã mais sustentável”, reforça o professor.

Apresentação teatral
A etapa final do projeto promete ser tão impactante quanto sua execução. Nos dias 29 e 30 de abril, o Centro Cultural Berchiolina Rodrigues será palco de quatro sessões da peça teatral Capitão Latinha e sua Turma, encenada pelos personagens do livro explorado pelos alunos. As apresentações, que marcam o encerramento das atividades do projeto, ocorrerão em dois horários diários: pela manhã, das 7h às 12h, e à tarde, das 13h às 17h, garantindo a participação de estudantes, familiares e moradores da região.

A peça, adaptada do livro, reforça de maneira criativa temas como reciclagem, reutilização de materiais e os riscos do descarte inadequado de resíduos — inclusive relacionando o acúmulo de lixo à proliferação do Aedes aegypti, mosquito transmissor da dengue. Além de consolidar o aprendizado, o evento visa ampliar o alcance da mensagem ambiental, transformando o teatro em uma ferramenta de mobilização comunitária.

Legado que ultrapassa os muros da escola
Segundo educadores envolvidos, o projeto já colhe frutos: alunos têm organizado mutirões de limpeza, criado oficinas de brinquedos com materiais recicláveis e até orientado vizinhos sobre a separação correta do lixo. “Eles se tornaram multiplicadores. Quando uma criança fala, os adultos escutam”, destaca o professor Ney Antônio.

Com o encerramento no Centro Cultural, a expectativa é que o Capitão Latinha continue ecoando na cidade, provando que a educação ambiental, quando aliada à arte e ao protagonismo infantil, é capaz de semear mudanças reais — uma latinha de cada vez.

Da sala de aula para o mundo: Alunos como multiplicadores
A aluna Maria Luiza, de 10 anos, é um exemplo do impacto do projeto. “Aprendi que não podemos jogar lixo na rua. Em casa, ensino meus pais sobre os 5 R’s e como separar o lixo. Se cada um fizer sua parte, ajudamos a natureza e evitamos doenças”, relata, entusiasmada. Como ela, muitos estudantes têm se tornado “agentes ambientais mirins”, fiscalizando hábitos em seus lares e vizinhanças.

O professor Ney ressalta que essa mudança de comportamento é crucial para enfrentar desafios como a dengue, doença associada ao mosquito Aedes aegypti, que se prolifera em recipientes mal descartados. “Quando ensinamos a dar destino adequado ao lixo, reduzimos criadouros do mosquito. Isso salva vidas”, afirma.

Resultados que inspiram
Além do engajamento artístico, o projeto tem gerado frutos tangíveis. Escolas relatam aumento na participação de famílias na coleta seletiva, enquanto alunos demonstram maior compreensão sobre ciclos naturais e impacto humano no meio ambiente. “O livro não só educa, mas empodera. As crianças percebem que suas ações têm peso e que podem transformar realidades”, celebra Parreira.

Com planos de expandir a iniciativa para mais escolas em 2025, a Secretaria Municipal de Educação reforça seu compromisso com a educação integral. “Não estamos apenas formando estudantes, mas cidadãos críticos e responsáveis. O Capitão Latinha é um herói que mostra que até uma pequena ação – como separar uma latinha – pode fazer a diferença”, conclui o professor.

Serviço
Peça teatral “Capitão Latinha e sua Turma”
Data: 29 e 30 de abril
Local: Centro Cultural Berchiolina Rodrigues (Goianésia-GO)
Horários:
• Manhã: 7h às 12h
• Tarde: 13h às 17h
*Entrada gratuita e aberta ao público.