Aprenda como montar uma boa farmacinha em casa

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Ter alguns medicamentos básicos à mão para aquelas horas de emergência é um bom hábito, mas farmacêutica explica que alguns cuidados precisam ser levados em conta, como local de armazenamento e que tipos de remédios podem ser usados sem prescrição médica

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Sempre que temos uma dor de cabeça, febre, alguma indisposição intestinal, mal-estar ou mesmo um leve ferimento o caminho é quase sempre o mesmo: corremos para aquela velha caixinha de remédios guardada no armário ou no guarda-roupa, para nos salvar. Ter uma “farmacinha” em casa é um bom hábito e que resolve muitos problemas simples de saúde, mas será que realmente sabemos como montar uma? Que medicamentos não podem faltar? Como e onde armazenar?

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Com mais de 20 anos de experiência, a farmacêutica da Rede das Drogarias Santa Marta, Jane Pacheco, dá algumas dicas simples, mas que deixarão a sua “farmácia em casa” mais eficiente e segura. A primeira delas é sobre o armazenamento dos medicamentos. “Escolha, de preferência, uma caixa de plástico, com tampa e que acomode bem todos os medicamentos que você tem em casa. Essa caixa precisa ser guardada num local seco, arejado, sem exposição ao sol ou outra fonte de calor e longe do alcance de crianças e animais domésticos”, orienta.

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Jane acrescenta que os medicamentos devem ser armazenados numa temperatura ambiente entre 15 a 30 °C. Fora dessa faixa preconizada pelo fabricante haverá impactos na estabilidade do produto, pois o calor é um catalisador de reações químicas e influencia na eficácia e na vida útil desses produtos, explica a especialista. “Por isso não se recomenda guardar em locais quentes, como próximo aos fornos, porta luvas de carros e outros”, explica a farmacêutica.

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Embora a maioria dos medicamentos são armazenados em temperatura ambiente, há aqueles que devem ser armazenados sob refrigeração em uma temperatura de 2 a 8°C, como é o caso de insulinas e até mesmo soros fisiológicos após abertos e antibióticos pós restituição com água para o preparo de uso oral.

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Jane alerta ainda para o risco de ocorrer a ingestão acidental de medicamentos por crianças e animais domésticos, com possibilidade até mesmo de ser fatal, por isso é importante guardá-los fora do alcance deles. “Muitos são levados pelo fácil acesso e pela ingênua curiosidade. Exemplo disso, há apresentações no mercado que lembram confetes de chocolate”, diz

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Medicamentos isentos de prescrição

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Mas quais medicamentos podemos ter em nossa farmacinha? A farmacêutica explica que todos os medicamentos isentos de prescrição médica ou MIP´s podem ser mantidos em casa, desde que sejam usados de forma consciente, sob orientação e que estejam dentro de seu prazo de validade. Aliás, essa é outra boa dica dada pela especialista: verificar periodicamente os remédios que perderam sua validade e descartá-los de forma adequada. “Manter medicamentos fora do prazo de validade é um risco grande, pois além de não gerar a reação esperada em relação a algum sintoma que se queira tratar, pode ocasionar situações mais graves como intoxicação ou alguma outra reação não desejável”, alerta Jane. 

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Os medicamentos não tarjados, como: analgésicos (para dores), antitérmicos (para febre), antialérgicos, antigripais, alguns antiinflamatórios, antiácidos, antissépticos (para ferimentos), antiespasmódicos (contra excesso de gases) e pomadas para assaduras, são todos exemplos de medicamentos que tratam variados sintomas e que em sua grande maioria são isentos de prescrição médica. “Vale lembrar que todos esses remédios, embora não precisem de prescrição médica para serem adquiridos nas farmácias, eles tratam sintomas e não necessariamente o que pode estar causando o mal-estar. Portanto, o consumo de qualquer medicamento deve ocorrer sob a orientação especializada”, lembra.

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A existência de alguma doença prévia ou condição de saúde específica também deve ser levada em conta, quando se consome algum medicamento, mesmo sendo isento de prescrição. “Um antigripal, por exemplo, é um medicamento inofensivo, mas se uma pessoa hipertensa tomar esse remédio sem a devida orientação médica, pode fazer mal”, exemplifica a farmacêutica. Outra orientação importante, dada pela especialista, é não guardar na farmácia caseira aqueles medicamentos que são de uso contínuo e específico de uma pessoa ou que fazem parte de algum tratamento mais específico e prolongado. “Isso é importante para evitar que alguém consuma  um remédio que não deva. Além das embalagens que muitas vezes são bem parecidas, a grande maioria das pessoas não conhece os princípios ativos e para que servem, e ai o risco é grande”, alerta.

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Utensílios importantes

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Mas nem só de remédios é feita uma boa farmacinha caseira. Há uma grande variedade de utensílios e outras substâncias que não podem faltar, como os termômetros, esparadrapos, gazes, ataduras, curativos adesivos, álcool 70% e soro fisiológico”, enumera a farmacêutica.

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Para quem quiser montar uma farmácia caseira mais bem equipada, a especialista sugere outros itens que podem ajudar muito. “Além do termômetro, outros equipamentos que podem ser usados em casa são os aferidores digitais de pressão e o oxímetro, um item que na época da pandemia foi muito usado e salvou a vida de muita gente. Esses utensílios são fáceis de usar e ótimos para monitorar sinais vitais, como pressão arterial, batimentos cardíacos, temperatura e nível de oxigenação. Numa emergência sempre ajudam muito”, sugere.

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