Lula promete regulamentar trabalho em apps, critica juros, e ressalta reajuste do salário mínimo

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© Getty / POR FOLHAPRESS / ECONOMIA DIA-TRABALHO

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o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) criticou a política de juros do Banco Central, prometeu a isenção do Imposto de Renda sobre a PLR (Participação nos Lucros e Resultados) dos trabalhadores

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Em ato unificado das centrais sindicais segunda-feira (1º), Dia do Trabalho, no vale do Anhangabaú (região central da capital paulista), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) criticou a política de juros do Banco Central, prometeu a isenção do Imposto de Renda sobre a PLR (Participação nos Lucros e Resultados) dos trabalhadores e ressaltou as recém-anunciadas medidas de valorização do salário mínimo e ampliação da faixa de isenção do Imposto de Renda, dizendo que está começando a fazer mudanças na economia. – “Vocês me deram quatro anos e eu só tenho quatro meses de mandato”, afirmou em seu discurso.

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O presidente também falou sobre a regulamentação para os trabalhadores de aplicativos e disse que será respeitado o fato de que muitos querem continuar como autônomos, sem vínculo celetista, mas haverá uma forma de garantir proteção previdenciária à categoria.

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“Muitas vezes o cara não quer assinar a carteira, não tem problema. Mas o que nós queremos é que a pessoa que trabalha com aplicativo tenha compromisso de seguridade social, porque se ele ficar doente tem que ter cobertura.”

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Segundo Lula, a isenção sobre a PLR dos trabalhadores pode ocorrer já no próximo ano. O tema foi um pedido das centrais sindicais que deverá ser estudado pela Fazenda.

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O presidente voltou a criticar o atual patamar da taxa básica de juros do Brasil, a Selic, que está em 13,75% ao ano.

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“A gente não pode viver mais num país onde a taxa de juros não controla a inflação. Ela controla, na verdade, o desemprego nesse país, porque ela é a responsável por uma parte da situação em que vivemos hoje”, disse.

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Sindicalistas fizeram coro às críticas à atual política de juros do Banco Central. Para Ricardo Patah, presidente da UGT e do Sindicato dos Comerciários, a taxa alta é o principal vilão no momento. “Concordo com a independência do Banco Central, mas a sensibilidade tem que ser mais ampliada. O principal motivo dos juros elevados é diminuir a inflação e hoje nós estamos vendo a inflação bastante compatível. Não há motivo para os juros estarem neste patamar. E os juros com certeza impedem o Brasil de crescer, mantêm o país num patamar de desemprego ou de emprego precário, e nós precisamos fazer essa mudança. Os juros têm desdobramento no emprego, na questão social e na vitalidade do comércio.”

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A cobrança pela redução dos juros ganhou espaço também em faixas carregadas por manifestantes em outras capitais que realizaram atos do 1º de Maio. Lideranças sindicais se revezaram em discursos em defesa da política de valorização do salário mínimo e de outros direitos trabalhistas.

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O público presente nos atos carregava bandeiras, bonés e camisetas de organizações como a CUT (Central Única dos Trabalhadores) e o MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra). Em Belo Horizonte, centrais sindicais fizeram uma caminhada pelas ruas durante a manhã. Também houve manifestações em capitais como Fortaleza, Maceió, Recife e Teresina.

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A valorização do salário mínimo, uma das bandeiras da campanha do petista e pauta das centrais, também foi enaltecida no discurso do presidente e elogiada por representantes dos trabalhadores, apesar de haver reivindicações de aumento maior ao menos até o final do ano.

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