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nnnnPara economistas, a política de valorização do salário mínimo defendida por Lula pode pressionar a sustentabilidade do arcabouço fiscal desenhado por Haddad.
nnnnBRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) – O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) traçou nesta segunda-feira (15) a estratégia para negociação do marco fiscal no Congresso Nacional. Em reunião com o núcleo de governo, Lula definiu como prioritário a preservação de uma política de valorização do salário-mínimo e do Bolsa Família.
nnnnA orientação de Lula é que fiquem imunes a sanções em caso de descumprimento das regras fixadas dentro desse novo arcabouço fiscal. A tendência é impor, no texto, restrições a gastos com funcionalismo e à concessão de benefícios fiscais, se essas metas não forem alcançadas.
nnnnAinda durante a reunião da coordenação, foi desenhada uma ação conjunta dos ministros da Fazenda, Fernando Haddad, e de Relações Institucionais, Alexandre Padilha, na articulação no Legislativo.
nnnnAlém de um encontro com o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), Haddad terá duas reuniões com líderes partidários no intuito de convencê-los a preservar o que considera fundamental no texto.
nnnnEm busca de adesões, Padilha terá reuniões com partidos, tendo como foco MDB, PSD, Republicanos e Podemos. Caberá ao líder do governo na Câmara, José Guimarães (PT-CE), conter o PT e negociar com os demais partidos de centro-esquerda na tentativa de deter a apresentação de propostas alternativas ao texto que exijam esforços do governo na articulação.
nnnnO Congresso e a gestão petista discutem incluir no arcabouço fiscal um trecho que suspende a alta real do salário mínimo caso a meta de resultado primário seja descumprida por dois anos seguidos, segundo quatro pessoas envolvidas na negociação ouvidas pela Folha de S.Paulo.
nnnnNesta situação, o salário mínimo ainda seria corrigido pelo índice oficial da inflação, para preservar seu poder de compra, mas sem o aumento adicional previsto na política de valorização apresentada pelo governo petista
nnnnPara economistas, a política de valorização do salário mínimo defendida por Lula pode pressionar a sustentabilidade do arcabouço fiscal desenhado por Haddad.
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