Conflito no Sudão deixa mais de 1 milhão de deslocados em 1 mês

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© Siegfried Modola/Reuters /  POR FOLHAPRESS

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Aproximadamente 840 mil pessoas foram forçadas a se deslocar internamente, enquanto outras 250 mil tiveram de deixar o país africano.

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Iniciado há pouco mais de um mês, o conflito no Sudão superou a marca de 1 milhão de pessoas deslocadas. O número foi divulgado nesta sexta-feira (19) pelo Acnur, a agência da ONU para refugiados.
Aproximadamente 840 mil pessoas foram forçadas a se deslocar internamente, enquanto outras 250 mil tiveram de deixar o país africano, de acordo com Matthew Saltmarsh, porta-voz da organização.

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Até agora, o Egito foi a nação que mais recebeu refugiados sudaneses: 110 mil pessoas chegaram lá desde o início dos combates entre o Exército e o grupo paramilitar RSF (Forças de Apoio Rápido), em 15 de abril.

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Outros países vizinhos do Sudão, entre os quais o Chade, Etiópia e Sudão do Sul também receberam refugiados. No início do mês, a ONU alertou que o número de deslocados estava criando uma crise humanitária que poderia se estender para outros países já sobrecarregados de problemas internos.

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“Muitos dos que nos abordaram estão em estado de angústia por terem sido expostos à violência ou condições traumáticas no Sudão e por terem sofrido jornadas árduas”, disse Saltmarsh. No Egito, o fluxo de deslocados aumentou nas últimas semanas, com cerca de 5.000 pessoas cruzando a fronteira todos os dias, acrescentou o porta-voz.

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O Exército regular do Sudão e o grupo paramilitar RSF travam há semanas um conflito que transformou as ruas da capital sudanesa, Cartum, em zonas de guerra e que, por ora, não tem perspectiva para acabar. Ao menos 705 pessoas foram mortas e outras 5.287 ficaram feridas, de acordo com a Organização Mundial da Saúde.

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Nesta sexta, ataques aéreos atingiram Cartum e cidades vizinhas. Os combates também continuam intensos no sudoeste, onde as tropas tentam conquistar a cidade de Niala, capital de Darfur do Sul. A crise provoca escassez de alimentos, água potável, remédios e combustível em todo o país.

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“Atualmente, 25 milhões de pessoas, mais da metade da população do Sudão, precisam de algum tipo de ajuda humanitária e proteção”, disse Saltmarsh, do Acnur. Antes de os conflitos explodirem, um terço dos 45 milhões de habitantes passavam fome e ao menos três milhões de crianças com menos de cinco anos apresentavam quadro de desnutrição severa, segundo a ONU.

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Os confrontos colocam em lados opostos o general Fatah al-Burhan, do Exército, o também general Mohamed Hamdan Dagalo, conhecido como Hemedti, que comanda o grupo RSF. Juntos, eles derrubaram em 2019 a ditadura de 30 anos de Omar al Bashir. Dois anos depois, participaram de um golpe de Estado que encerrou a transição para um regime democrático.

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No comando do país, os generais passaram a divergir sobre a participação dos paramilitares no Exército e sobre a formação de um novo governo, alimentando rumores sobre confrontos armados que se concretizaram em abril.

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