A busca por competitividade, giro de estoque e alívio no fluxo de caixa tem levado empresários a iniciar as promoções semanas antes da data oficial, mas o movimento exige planejamento para evitar perda de margem, guerra de preços e riscos logísticos
A Black Friday, marcada oficialmente para a última sexta-feira de novembro, vem sendo antecipada por empresas de diferentes segmentos. O movimento, que cresce a cada ano, busca responder ao comportamento do consumidor, à concorrência e às necessidades do caixa das empresas.
O consultor e mentor de negócios Israel Rodrigues explica que a antecipação não é apenas uma ação promocional, mas uma decisão estratégica.
“As empresas entenderam que o consumidor está pesquisando e comprando antes da data. Quem se antecipa, ganha visibilidade, melhora o fluxo de caixa e dilui os resultados ao longo do mês, em vez de concentrar tudo em um único dia”, afirma.
Antecipar as ofertas permite que as empresas planejem a comunicação com mais antecedência, façam ajustes de estoque e negociem com fornecedores. Na gestão financeira, isso pode significar alívio de caixa, maior giro e até redução de custos logísticos.
“A antecipação ajuda a corrigir margens, liquidar produtos parados e prever melhor o faturamento. Mas precisa ser planejada. Sem controle financeiro e precificação correta, a empresa corre o risco de vender muito e lucrar pouco ou nada.”, reforça o consultor empresarial.
Entre as principais vantagens da antecipação estão o aumento do período de vendas, o melhor aproveitamento do estoque, a maior previsibilidade de faturamento, a redução da pressão operacional concentrada em um único dia e a captação antecipada de clientes. Por outro lado, a prática também pode trazer desafios, como o desgaste da margem de lucro caso não haja controle de custos, o risco de faltar estoque no período oficial da Black Friday, a concorrência intensa que estimula uma guerra de preços e a necessidade de investir mais em marketing e logística.
Ainda assim, o impacto pode ser positivo quando há planejamento e alinhamento entre vendas, marketing e financeiro.
“As empresas que antecipam a Black Friday com estratégia não dependem da sorte, e sim de gestão. O problema não é dar desconto, é fazer isso sem um plano. Quem organiza o fluxo de caixa e sabe o custo real do produto, transforma a data em oportunidade, não em prejuízo”, conclui Israel Rodrigues.
Fonte: Assessoria de Imprensa
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