Outubro Rosa: quando a prevenção vale mais que qualquer tratamento

Detecção precoce e prevenção se tornam aliados fundamentais contra o câncer de mama

Durante todo o mês de outubro, não se fala de outro assunto: a prevenção contra o câncer de mama em todo o Brasil. Este tipo de câncer é o mais comum entre mulheres. O Instituto Nacional de Câncer (INCA) estima que, até o fim deste ano, serão registrados 73.610 novos casos da doença no país. Em 2023, foram registradas mais de 20 mil mortes causadas pelo câncer de mama. 

Além disso, o Ministério da Saúde aponta que o diagnóstico precoce aumenta as chances de cura para 95%. Em Goiânia, o Hospital Mater Dei destaca a importância da prevenção e do diagnóstico precoce deste tipo de câncer.

A campanha do Outubro Rosa chama atenção para os cuidados que devem fazer parte da rotina. As médicas Polyana Mattedi, coordenadora da Ginecologia e Obstetrícia do Hospital Mater Dei Goânia, e Mariana Lobo, médica ginecologista e mastologista, reforçam que a informação é essencial. Ambas defendem que o acompanhamento médico e os exames de rastreamento são as formas mais eficazes de detectar alterações em fase inicial.

Exames e rastreamento a partir dos 40 anos

Segundo Mariana Lobo, o rastreamento deve começar a partir dos 40 anos. A mamografia é o exame principal e deve ser feita anualmente. Em mulheres com mamas densas, a associação com o ultrassom ajuda a complementar a análise. “O diagnóstico precoce garante melhores resultados e aumenta as chances de cura. Os exames de rastreamento identificam a doença em estágios iniciais ou até lesões pré-malignas”, explica.

A mastologista orienta que a ressonância magnética não substitui a mamografia nem o ultrassom. “Ela é indicada em situações específicas, como dúvidas no diagnóstico, avaliação de prótese ou definição da extensão da doença”, afirma.

Os principais fatores de risco incluem idade acima dos 50 anos, histórico familiar e mutações genéticas, como BRCA1 e BRCA2. Também elevam o risco a primeira menstruação precoce, menopausa tardia, ausência de gestação, primeira gravidez após os 30 anos, uso prolongado de hormônios, obesidade, sedentarismo e consumo de álcool.

A médica esclarece que a terapia de reposição hormonal não deve ser usada por mulheres que têm ou já tiveram câncer de mama. “Pacientes com histórico familiar podem fazer reposição, desde que o tratamento seja avaliado individualmente”, diz Mariana.

Hábitos saudáveis e atenção aos sinais

Já Polyana Mattedi reforça que a prevenção começa nas consultas de rotina. “O acompanhamento regular permite identificar alterações antes que causem sintomas. A consulta possibilita avaliação clínica e indicação dos exames conforme a idade e o histórico de cada mulher”, explica.

A mamografia é o principal exame de rastreamento. Deve ser feita uma vez por ano a partir dos 40 anos. Em mulheres com risco aumentado, o acompanhamento pode começar antes, especialmente quando há casos de câncer de mama em familiares diretos antes dos 50 anos.

Polyana ressalta que hábitos de vida saudáveis reduzem o risco da doença. “Atividade física regular, alimentação equilibrada, controle de peso e moderação no consumo de álcool são medidas eficazes. Evitar o tabagismo também faz diferença”, afirma.

Os sinais que exigem atenção são nódulos palpáveis, alterações no formato das mamas, retrações de pele ou mamilo, secreção mamilar, vermelhidão, dor persistente e mudança na textura da pele. “Ao perceber qualquer alteração, a mulher deve procurar avaliação médica imediata”, orienta a ginecologista.

Outubro Rosa e o câncer de mama no Brasil

O Outubro Rosa é um movimento internacional de conscientização para o controle do câncer de mama, criado no início da década de 1990 pela Fundação Susan G. Komen for the Cure.

A data, celebrada anualmente, tem o objetivo de compartilhar informações e promover a conscientização sobre a doença; proporcionar maior acesso aos serviços de diagnóstico e de tratamento e contribuir para a redução da mortalidade.

Desde 2020, com a pandemia COVID-19, os grupos que atuam em câncer de mama tiveram que repensar suas campanhas do Outubro Rosa e aumentar sua presença virtual. Por meio de intervenções, campanhas e mensagens inovadoras, eles mostraram que a promoção da saúde pública pode assumir várias formas e gerar um forte impacto no acesso à saúde.

A mastologista Mariana Lobo reforça que o diagnóstico deve ocorrer na rotina de acompanhamento. “Detectar a lesão em estágio inicial permite cirurgias menores e tratamentos menos agressivos”, explica.

O autoexame ajuda a mulher a conhecer seu corpo, mas não substitui a consulta médica. O ideal é realizar avaliações periódicas com o ginecologista e procurar o mastologista diante de qualquer mudança perceptível.

O Hospital Mater Dei Goiânia oferece atendimento em ginecologia, diagnóstico por imagem, incluindo ultrassom e ressonância magnética. A campanha Outubro Rosa busca incentivar mulheres a cuidarem da própria saúde e a realizarem seus exames no tempo certo.

A prevenção continua sendo o principal aliado na luta contra o câncer de mama. Estar atenta aos sinais do corpo e adotar hábitos saudáveis ajuda a detectar a doença precocemente, aumentando as chances de cura e garantindo mais segurança e qualidade de vida.

FOTOS:

Foto 1- Outubro Rosa chama atenção para os cuidados que devem fazer parte da rotina da mulher – crédito: divulgação

Foto 2- Polyana Mattedi, médica ginecologista e coordenadora da ginecologia e obstetrícia do Hospital Mater Dei Goiânia – crédito: divulgação

Foto 3- Mariana Silva Lobo Medica ginecologista e mastologia do Hospital Mater Dei Goiânia

Fonte: Assessoria de Imprensa

Fotos: Divulgação